“Há um brilho de faca
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher…

Ninguém sai
Com o coração sem sangrar
Ao tentar revelar
Um ser maravilhoso
Entre a Serpente
E a Estrela…

Um grande amor do passado
Se transforma em aversão
E os dois lado a lado
Corroem o coração…

Não existe saudade
Mais cortante
Que a de um
Grande amor ausente
Dura feito um diamante
Corta a ilusão da gente…

Toco a vida prá frente
Fingindo não sofrer
Mas o peito dormente
Espera um bem querer
E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer
O passado de volta
Num semblante de mulher
O passado de volta
Num semblante de mulher.”

Zé Ramalho